Estima-se que 25 milhões de homens sofrem com disfunção erétil no Brasil, sendo a disfunção sexual mais comum entre os homens. No Brasil, 50% dos casos acontecem a partir dos 40 anos. O assunto é repleto de tabus, o que prejudica a conscientização e até mesmo a procura de um médico especializado para o tratamento.
Continue a leitura para entender o que é a disfunção erétil, quais as suas causas, sintomas, prevenção, tratamento e mais informações.
O que é disfunção erétil?
A disfunção erétil não é caracterizada apenas pela dificuldade em ter uma ereção ou por não conseguir manter o pênis ereto por muito tempo. Embora seja associada ao termo “impotência sexual”, os profissionais evitam o termo por ser pejorativo e não abranger toda a complexidade do problema.
A disfunção erétil também é caracterizada por problemas relacionados ao orgasmo, como a ejaculação precoce ou mesmo a incapacidade de atingir o ápice sexual. Em alguns casos ainda há ereção, mas ela não é suficientemente duradoura ou não tem tanta rigidez como costumava ter.
Principais sintomas
- O pênis não fica ereto ou completamente ereto;
- Ejaculação precoce: quando o orgasmo acontece rapidamente e com o mínimo de estímulo;
- Demora para conquistar a ereção, precisando de muito estímulo;
- Dificuldade em manter o pênis ereto por algum tempo.
Os sintomas podem aparecer isolados ou ainda em conjunto com outros. Assim que o paciente notar qualquer mudança na função sexual, deve procurar um urologista para o diagnóstico. O médico irá avaliar os sintomas relatados, solicitar alguns exames, além de perguntar sobre hábitos e histórico do paciente.
Alguns dos exames que são feitos para o diagnóstico são a coleta de sangue para analisar os níveis de testosterona, o ecodoppler peniano para avaliar o fluxo arterial, além do teste de intumescência peniana, que avalia a qualidade das ereções noturnas.
Quais são as causas mais comuns?
A idade é um dos principais fatores para a disfunção erétil. Quanto maior a idade, maior o risco de desenvolver. Contudo, alguns fatores podem acelerar o aparecimento. Maus hábitos alimentares, estilo de vida e até problemas emocionais podem resultar na função erétil. Entenda mais sobre as causas principais:
- Tabagismo: as substâncias presentes no cigarro são maléficas para a circulação, causando esse e outros problemas.
- Abuso de álcool: a desidratação causada pelo álcool prejudica a circulação, impedindo a ereção. A embriaguez também é responsável por causar sonolência e inibição, prejudicando a ereção.
- Causas emocionais: rotina estressante, problemas no relacionamento e o medo de decepcionar no ato sexual podem causar a disfunção erétil. Quadros de depressão, ansiedade e outros problemas também.
- Medicamentos: medicamentos antidepressivos, ansiolíticos, para a hipertensão, entre outros podem causar a disfunção.
- Diabetes: portadores de diabetes tipo 2 são mais propensos a ter disfunção erétil. A doença causa uma série de alterações vasculares, prejudicando a circulação.
Outras causas estão relacionadas à disfunção erétil, como a hipertensão, obesidade, colesterol alto e o sedentarismo. A principal recomendação para a prevenção é ter um estilo de vida saudável.
Quais as causas da disfunção erétil nos jovens?
Por mais que a principal causa do quadro seja a idade e a disfunção aconteça de forma predominante a partir dos 40, homens jovens podem sofrer com ela. Em torno de 2% dos casos, os pacientes são jovens, a partir dos 18 anos. As causas são as mesmas, sendo o nível baixo de testosterona o principal motivo que leva à disfunção erétil.
O tabagismo, abuso de álcool e drogas ilícitas também estão entre as causas. O uso dos medicamentos citados, além do paciente ser portador de diabetes, pressão alta, entre outras, também são causas frequentes.
Tem como prevenir a disfunção erétil?
Apesar de ser um problema bastante comum, é possível prevenir a disfunção erétil por meio de mudanças no estilo de vida. Adotar um estilo saudável é a melhor forma de prevenção. É preciso evitar o tabagismo, o abuso de álcool e drogas e manter uma rotina com exercícios físicos frequentes.
Outra chave para a prevenção é falar sobre o assunto. Pensar em disfunção erétil traz vergonha e o medo de desapontar e os pacientes podem ter muito receio em buscar orientação com profissionais. Aqueles que possuem diabetes, pressão alta ou fazem parte de outros grupos de risco para o desenvolvimento da disfunção podem fazer consultas periódicas para recomendações médicas e prevenção.
Tratamento
Por mais que muitos homens busquem a automedicação, ela é perigosa e em alguns casos pode até mesmo levar ao óbito.
A automedicação resolve o problema apenas momentaneamente e pode causar ainda mais frustração na vida sexual. Portanto, o mais recomendável é procurar um urologista para iniciar o tratamento de forma segura. Conheça os principais tratamentos:
Mudanças no estilo de vida
Em alguns casos, apenas as mudanças no estilo de vida são positivas para a reversão do problema, especialmente entre os pacientes mais jovens. É recomendável ter uma alimentação balanceada, praticar pelo menos 150 minutos de atividade física semanalmente, além de abandonar o tabagismo e evitar o abuso de álcool.
Psicoterapia
Para as causas emocionais, procurar ajuda psicológica vai ajudar a lidar com a ansiedade durante o contato íntimo e ajudar a se libertar do medo de falhar. Em alguns casos, consultar o psiquiatra também pode ajudar.
Tratamento hormonal
Quando a disfunção erétil é causada pela baixa testosterona, é possível fazer a reposição hormonal para normalizar a incidência do hormônio no organismo.
Medicação
A medicação é um dos principais tratamentos, mas ela deve sempre ser recomendada pelo médico. Popularmente conhecido como Viagra, esse tipo de medicamento é um facilitador da ereção, que pode durar entre 4 e 36 horas. São contraindicados para hipertensos, portadores de doenças cardíacas, entre outros grupos de risco.
A medicação também pode ser administrada por meio de injeções penianas, nos pacientes que não podem usar as pílulas ou quando não obtém resultado satisfatório. A agulha utilizada é super fina e o procedimento é quase indolor.
Bombas de vácuo
São artefatos que promovem um movimento de sucção no pênis, o que aumenta a circulação naquele momento. É mais indicado para quando a disfunção erétil acontece após um procedimento cirúrgico, como nos pacientes que tiveram câncer de próstata.
Implantes
Caso nenhum dos tratamentos seja satisfatório, é possível recorrer aos implantes penianos. Atualmente existem diversas opções, rígidas ou maleáveis, infláveis ou não. A cirurgia dura cerca de uma hora, é relativamente simples, de fácil recuperação e com ótimos índices de aprovação pelo paciente. É um procedimento irreversível, por isso é a última opção de tratamento.
A disfunção erétil é um problema que pode ser prevenido. Por isso, leia sobre a medicina preventiva e entenda porque ela é tão importante.