A diabetes mellitus é uma doença metabólica crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É causada pela falta de insulina, um hormônio secretado pelo pâncreas que ajuda a controlar o nível de açúcar (glicose) no sangue.
Quando há falta de insulina ou o corpo não consegue usá-la adequadamente, o nível de glicose no sangue aumenta, o que pode levar a complicações graves de saúde.
Existem dois tipos principais de diabetes: tipo 1 e tipo 2. A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca as células que produzem insulina, o que resulta em falta total ou quase total de insulina. Entre 5 e 10% das pessoas com diabetes apresentam este tipo. A diabetes tipo 1 costuma aparecer antes dos 30 anos, contudo, ela pode se manifestar depois desta idade também. Na diabetes tipo 2, por outro lado, o organismo cria resistência aos efeitos da insulina e, assim, ela não atende às necessidades do organismo. À medida que a diabetes tipo 2 avança, o pâncreas perde a capacidade de produzir a insulina. Cerca de 26% das pessoas acima dos 65 anos têm diabetes tipo 2. O principal fator de risco para a diabetes tipo 2 é a obesidade, por volta de 80% a 90% das pessoas com este tipo de diabetes estão acima do peso ou são obesas.
Os sintomas da diabetes incluem aumento da sede e da necessidade de urinar, fome constante, perda de peso sem motivo aparente, fadiga, visão turva e feridas que demoram a cicatrizar. Se a doença não for tratada, pode levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares, doenças oculares, neuropatia diabética e insuficiência renal.
O tratamento da diabetes inclui o controle da dieta, o exercício regular e, em alguns casos, o uso de medicamentos ou insulina. É importante monitorar regularmente o nível de glicose no sangue e controlar os fatores de risco para complicações, como hipertensão arterial e colesterol elevado.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. O diabetes tipo 2 costuma ser um mal de família, se há histórico familiar da doença a atenção aos níveis de glicose e a adoção de um estilo de vida saudável são fundamentais.
Tratamentos
- Mudanças no estilo de vida: Uma dieta saudável, exercício regular e perda de peso, se necessário, são uma parte fundamental do tratamento da diabetes.
- Medicamentos: Alguns pacientes com diabetes tipo 2 podem precisar tomar medicamentos orais para ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue.
- Insulina: A insulina é uma opção de tratamento para pacientes com diabetes tipo 1 e alguns pacientes com diabetes tipo 2. É administrada por injeção ou por bomba de insulina.
- Cirurgia Metabólica: Como manter um peso saudável é crucial para evitar complicações futuras, pessoas com dificuldade de emagrecer com mudanças alimentares e exercícios físicos podem recorrer à cirurgia metabólica. A cirurgia metabólica é uma intervenção no tubo digestivo e se aproxima ao processo da cirurgia bariátrica, no entanto, o foco está no controle da diabetes. A cirurgia metabólica oferece resultados positivos, especialmente na redução da mortalidade causada por problemas cardiovasculares e na progressão da doença renal em pacientes diabéticos. A cirurgia metabólica também atua no controle da hipertensão, da esteatose hepática, do colesterol e triglicérides, do refluxo gastroesofágico e da apneia do sono.
Exames para detectar o diabetes mellitus:
- Teste de glicose no sangue: Este exame mede o nível de glicose no sangue após 8h de jejum.
- Hemoglobina glicada (A1C): Este exame mede a quantidade de glicose ligada à hemoglobina, o que fornece uma avaliação média dos níveis de glicose nos últimos 2 a 3 meses.
- Teste oral de tolerância à glicose (TTOG): Este exame mede como o corpo responde à glicose em dois momentos: em jejum, e depois de ingerir uma quantidade específica de açúcar.
Monitorar a evolução da diabetes e realizar acompanhamento médico é a forma mais eficaz de prevenir complicações.
Em resumo, a diabetes mellitus é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Seus sintomas incluem aumento da sede e da necessidade de urinar, fome constante e fadiga. É importante tratar a doença de forma adequada para evitar complicações graves e manter uma boa qualidade de vida. Além disso, a prevenção é fundamental, incluindo manter um estilo de vida saudável e um acompanhamento regular com um médico.
Leia também;