Um aneurisma cerebral é a formação de uma protuberância em um vaso sanguíneo do cérebro. Isso acontece porque uma região enfraquecida da parede do vaso se dilata ao sofrer pressão da corrente sanguínea.
O maior risco do aneurisma cerebral é o rompimento da artéria acometida, podendo levar a uma hemorragia cerebral. Na maioria dos casos, estes rompimentos acontecem na área entre o cérebro e os tecidos que o revestem, situação que se denomina como hemorragia subaracnoide.
O rompimento de um aneurisma é uma emergência médica bastante grave, já que representa um risco à vida.
O diagnóstico dos aneurismas cerebrais usualmente ocorre durante a realização de exames para outras condições médicas. Geralmente as dilatações são bem pequenas e são encontradas na análise de imagens do crânio obtidas por tomografia ou ressonância magnética.
Algumas das condições mais comuns, cuja investigação leva à identificação de aneurismas, quando estão presentes, são: infecções, tais quais: a sinusite, enxaquecas, impactos na região do crânio e problemas relacionados à memória.
O tratamento varia de acordo com cada caso, e tem como principal objetivo prevenir o rompimento do aneurisma, como você verá mais adiante neste artigo.
O que pode causar um aneurisma cerebral?
A causa dos aneurismas é a fraqueza na parede das artérias cerebrais sem uma razão definida. Mas alguns fatores de risco podem estar por trás destes episódios. Profissionais e pesquisadores da área da saúde e neurologia relacionam, sobretudo, hábitos comportamentais e de estilo de vida como principais fatores de risco para o surgimento de aneurismas.
Alguns deles incluem:
- Hipertensão arterial (pressão alta);
- Histórico de aneurismas cerebrais na família;
- Faixa etária superior a 40 anos;
- Ser do gênero feminino (acontece com maior frequência nas mulheres);
- Tumores e infecções;
- Lesões cerebrais traumáticas;
- Tabagismo e uso de drogas, especialmente a cocaína;
- Desordens de origem congênita;
- Outras doenças.
No que se trata das origens congênitas, diversas condições podem configurar como fatores de risco para aneurisma cerebral. Sempre que houver um comprometimento da estrutura dos vasos sanguíneos no cérebro, há predisposição à formação de aneurismas. Um exemplo são as malformações arteriovenosas cerebrais.
Já quanto às doenças que aumentam as chances de surgir um aneurisma, podemos citar a Síndrome de Marfan, a Síndrome de Ehler Danlos, a doença renal policística e a displasia fibromuscular.
Principais sintomas de aneurisma cerebral
Os aneurismas não costumam apresentar sintomas. Em geral, quando aparecem indícios, é porque o indivíduo já está passando por um AVC Hemorrágico. Ou seja, a maioria dos casos é assintomática, mas quando aparecem sintomas, é necessário buscar atendimento médico prontamente.
Neste contexto, o sintoma mais típico do aneurisma cerebral rompido é o surgimento repentino de uma cefaleia (dor de cabeça) muito intensa. Esta dor de cabeça é geralmente fruto do extravasamento de sangue para a área que circunda o cérebro.
Contudo, existem outros fenômenos que podem indicar a presença de um aneurisma cerebral. Isso porque aneurismas maiores podem causar a compressão de nervos e levar ao surgimento de sintomas de ordem neurológica.
Alguns deles compreendem:
- Convulsões;
- Caimento súbito da pálpebra;
- Rigidez acentuada na área do pescoço;
- Perda ou desordem repentina da consciência;
- Fotofobia (sensibilidade acentuada à luz);
- Alterações repentinas da visão, tais quais: visão borrada ou dupla, dificuldade para enxergar, dores acima ou atrás dos olhos;
- Tontura repentina;
- Enfraquecimento repentino.
Caso surja algum destes sintomas, é necessário buscar atendimento médico imediato. Por serem característicos da presença de aneurismas cerebrais maiores, é indispensável realizar acompanhamento, uma vez que em caso de ruptura, eles representam um risco ainda maior.
Tratamentos para aneurisma cerebral
Existem duas formas principais de tratamento de aneurisma cerebral: o tradicional e o minimamente invasivo. Ambos são cirúrgicos.
Tratamento tradicional para aneurisma cerebral
Esta modalidade é realizada por um neurocirurgião, utilizando procedimentos microcirúrgicos. O profissional abre o crânio do paciente e realiza a clipagem do aneurisma.
Tratamento minimamente invasivo para aneurisma
A alternativa à cirurgia tradicional é a embolização feita pela inserção de cateter, dispensando a abertura do crânio. Com o paciente sob anestesia geral, o cateter é introduzido pela virilha, onde o cirurgião faz uma pequena abertura. Com o instrumento, o profissional aplica dispositivos que vão ocluir, fechar o aneurisma. Assim, o stent ou coil utilizado serve como uma espécie de substituto para as paredes dos vasos.
Este tratamento tem como principais benefícios ser mais seguro e reduzir significativamente o período de recuperação.
Aneurisma cerebral: sequelas
O rompimento de um aneurisma cerebral pode deixar sequelas (frequentemente irreversíveis) ou até mesmo levar à morte. Quando ocorre hemorragia, a taxa de mortalidade varia entre 50% e 60% dos casos, sendo que cerca de um décimo destes indivíduos não recebem atendimento médico a tempo.
Já as sequelas de um aneurisma podem variar e estão diretamente relacionadas com a região do cérebro que foi afetada. Elas podem incluir:
- Problemas na movimentação ocular;
- Paralisação de membros;
- Déficits cognitivos;
- Coma, entre outros.
Como você viu, os aneurismas requerem acompanhamento e podem implicar na necessidade de tratamento cirúrgico. O Hospital São Camilo conta com um Centro de Especialidades com Neurologia e equipe multidisciplinar pronta para atender tanto em atendimento eletivo quanto em emergência. Conheça nossas instalações!