Distensão e estiramento muscular

Distensão e estiramento muscular

O que é, e o que fazer para se recuperar destas lesões?

Lesões musculares são a causa mais frequente de incapacidade física na prática esportiva, de 30% a 50% das lesões relacionadas ao esporte acontecem em tecidos moles.
Mas se engana quem pensa que somente atletas estão suscetíveis à distensão ou estiramento muscular. Basta um movimento mais intenso, como abaixar para pegar algo pesado, e pode ser que você já sinta uma fisgada na coluna, por vezes “travando” as costas e impossibilitando os movimentos.

A distensão e o estiramento são o rompimento de um músculo ou tendão. A diferença entre eles é o local da lesão. Enquanto no estiramento a lesão ocorre nas fibras musculares vermelhas localizadas no meio do músculo, a distensão ocorre no tendão ou na junção músculo-tendínea, local próximo da articulação onde há a união entre o tendão e o músculo.

Eles possuem a mesma causa, sintomas e tratamento mas não devem ser confundidas já que se tratam de localizações diferentes.

São lesões classificadas em dois tipos:

Aguda: mais frequente no dia a dia, ela ocorre quando há uma contração repentina e de forte intensidade.

Crônica: desenvolvida de forma lenta, é consequência de exercícios repetitivos, prolongados e que trabalham sempre os mesmos músculos.

Podem ser classificadas em três graus:

Grau I: No grau I cerca de 5% das fibras sofrem ruptura. A dor é localizada e aparece quando o músculo é contraído, mas não incomoda em repouso, não causando incapacidade funcional significativa. Nestes casos, a recuperação é rápida e acontece por volta de 1 semana.

Grau II: Aqui, de 5% a 50% do músculo é atingido. A dor é mais extensa, com perda de função e a recuperação mais lenta, cerca de 1 a 3 semanas.

Grau III: No grau III a ruptura é total. Há completa perda de função muscular e a dor é intensa. Há hematoma extenso, inchaço e calor na região afetada. A lesão é visível e palpável. O tempo de recuperação varia de 4 a 6 semanas. Necessita de reabilitação intensa por períodos de até quatro meses. O paciente pode permanecer com algum grau de dor por meses após o tratamento da lesão.

A falta de condicionamento físico, de técnica adequada durante os movimentos do exercício, falta de aquecimento e alongamento antes e após a prática dos exercícios; a fadiga muscular e o excesso de peso aumentam os riscos de alguma lesão.

O diagnóstico da lesão parte de uma análise clínica realizada por um médico ou fisioterapia, alguns exames como radiografia, ultrassonografia, ressonância magnética e eletromiograma podem servir como um complemento e orientar o melhor tratamento para cada caso.

Tratamento

No caso de lesões leves, o organismo se encarrega de reparar as fibras musculares. Em caso de lesões mais graves uma avaliação médica rápida pode ser fundamental para evitar sequelas que limitem os movimentos.

Algumas medidas podem acelerar o processo de recuperação:

Aplicar gelo na lesão de 2 em 2 horas.
Imobilizar a região.
Fazer repouso e evitar atividades ou movimentos.
Elevar o membro acima do nível do coração.
Massagear a musculatura periférica.
Aplicar pomadas anestésicas.
Usar medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios segundo orientação médica.

Além destas atitudes iniciais, sessões de fisioterapia podem ser iniciadas após 48h auxiliando na recuperação dos movimentos e fortalecimento da musculatura. Em lesões graves uma cirurgia pode ser indicada.

Como prevenir?

Faça alongamentos, respeite os limites do seu corpo, realize atividades físicas moderadas diariamente e faça pausas durante o exercício para não sobrecarregar os músculos. Se ainda assim se machucar, não desanime, procure ajuda médica e saiba que em breve poderá retomar a sua prática com segurança.

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