Cerca de 800 mil pessoas interrompem suas vidas todos os anos no mundo. Isso equivale a uma morte a cada 40 segundos. Se considerarmos aquelas que não conseguiram realizar o ato este tempo reduz para uma a cada 3 segundos.
No Brasil 17% da população já teve ideias suicidas. Em nosso país são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos. Triste realidade especialmente entre os jovens. O suicídio já figura como a segunda maior causa de morte na faixa dos 15 a 24 anos. Estima-se que cada suicídio impacta 6 pessoas diretamente, ou seja, aproximadamente 7% da população enfrenta o luto por alguém que se matou. Diferentes estudos associaram a iniciativa de acabar com a própria vida a transtornos mentais, situação encontrada em cerca de 96,8% dos casos de suicídio. Dentre estes transtornos, em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
O suicídio resulta de fatores psicológicos, biológicos, genéticos, culturais e socioambientais. Assim, ele não está relacionado a um fato isolado de decepção, frustração ou tristeza, ele é o desfecho de diferentes situações, a consequência final de um processo.
Apesar de presente em toda a história da humanidade e em todas as culturas, o suicídio continua sendo um tabu. O estigma em torno das doenças mentais e a ideação suicida levam as pessoas a se sentirem envergonhadas, excluídas e discriminadas, o que acaba afastando-as da procura por um atendimento adequado.
O suicídio é um problema de saúde pública que pode ser evitado. O treinamento dos profissionais da saúde para identificação dos indivíduos com fatores de risco, a restrição aos meios letais e o acesso ao tratamento prévio de transtorno psiquiátrico existente, como: depressão; transtorno afetivo bipolar; uso/abuso de álcool e outras drogas, transtornos de personalidade e esquizofrenia são medidas eficazes nesta prevenção.
Se você acha que está tendo problemas relacionados à sua saúde mental ou conhece alguém que está passando por alguma dificuldade, procure ajuda. Ligue 188.