O leite materno é o alimento mais completo que todas as crianças podem receber. Ele fornece todos os nutrientes, vitaminas e minerais que um bebê precisa para o crescimento durante os primeiros meses. É recomendado que a mãe amamente seu bebê nos primeiros seis meses exclusivamente com leite materno, a partir dos seis meses pode introduzir outros alimentos fazendo uso de copos e colherinhas, mas é importante prosseguir com a amamentação até pelo menos os dois anos da criança, garantindo o desenvolvimento saudável do bebê.
Além das propriedades nutricionais em quantidade e qualidade ideais, o leite materno possui propriedades imunológicas que protegem contra infecções respiratórias e diarreias, além de outras doenças no decorrer da vida da criança e refletindo até na vida adulta.
Doenças que tem seu risco reduzido através do aleitamento materno:
- Rico em anticorpos que combatem vírus e bactérias
- Infecções do ouvido médio
- Infecções respiratórias
- Resfriados e infecções
- Infecções intestinais
- Dano no tecido intestinal
- Síndrome da morte súbita do lactente (SMSL)
- Doenças alérgicas
- Doença celíaca
- Doença inflamatória do intestino
- Diabetes
- Leucemia infantil.
O leite materno é um alimento em constante modificação. Desde o nascimento ele passa por transformações a fim de fornecer ao bebê tudo o que ele precisa de acordo com a sua fase de vida.
Fases da lactação:
Colostro: O colostro, primeiro leite produzido após o parto, é espesso e de cor amarelada, é rico em proteína, vitaminas lipossolúveis, sódio e zinco. Este primeiro leite protege o recém nascido graças à alta concentração de imunoglobulinas e agentes anti-inflamatórios. Funciona também como um laxante, protegendo o bebê de icterícia ao favorecer a eliminação do mecônio (as primeiras fezes escuras), e assim retirar a bilirrubina do intestino.
Leite de transição:
Produzido entre o 7º e o 14º é um leite intermediário entre o colostro e o leite maduro.
Leite maduro:
O leite maduro é constituído de 87,5% de água, garantindo a hidratação do bebê durante os 6 meses de vida, sem a necessidade de ofertar água. De fácil digestão, é rico em carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais promovendo o adequado crescimento e desenvolvimento da criança.
O bebê dá sinais quando há insuficiência de leite, tais como não ficar saciado após as mamadas, chorar muito, querer mamar com frequência e ficar muito tempo no peito nas mamadas. O número de vezes que a criança urina ao dia (menos que seis a oito) e evacuações infrequentes, com fezes em pequena quantidade, secas e duras, são indicativos
indiretos de pouco volume de leite ingerido. Porém, o melhor indicativo de que a criança
não está recebendo volume adequado de leite é a constatação, por meio do acompanhamento de seu crescimento, de que ela não está ganhando peso adequadamente.
Como aumentar a produção de leite materno
- Melhorar o posicionamento e a pega do bebê, quando não adequados;
- Aumentar a frequência das mamadas;
- Oferecer as duas mamas em cada mamada;
- Dar tempo para o bebê esvaziar bem as mamas;
- Trocar de mama várias vezes numa mamada se a criança estiver sonolenta
- ou se não sugar vigorosamente;
- Evitar o uso de mamadeiras, chupetas e protetores (intermediários) de mamilos;
- Consumir dieta balanceada;
- Ingerir líquidos em quantidade suficiente (lembrar que líquidos em excesso
- não aumentam a produção de leite, podendo até diminuí-la);
- Repousar.
Os primeiros dias após o parto são fundamentais para o sucesso da amamentação.
É um período de intenso aprendizado para a mãe e o bebê. Buscar informação e mesmo ajuda especializada antes do nascimento pode ser uma estratégia facilitadora para esse momento tão desafiador e importante.
Confira dicas de como aumentar o fluxo de leite.