Crise convulsiva em recém nascidos

Crise convulsiva em recém nascidosCrises convulsivas são uma condição muito frequente em todas as idades, especialmente em crianças nos primeiros anos de vida, ocorrendo também em recém nascidos. É nesta fase que elas ocorrem com maior frequência do que em qualquer outro período da vida. É a principal emergência neurológica nos recém-nascidos (RN).

As convulsões em recém-nascidos podem ser causadas por:

  • Anomalias metabólicas temporárias, como um nível baixo de glicose no sangue.
  • Um distúrbio grave, como malformação cerebral, danos ao cérebro durante a gestação, falta de oxigênio durante o nascimento ou uma infecção séria.
  • Doenças hereditárias que resultam de mutações em um gene, como uma doença metabólica hereditária.
  • A utilização de determinados medicamentos pela mãe durante a gestação.

As convulsões causadas por distúrbios hereditários do metabolismo normalmente têm início no estágio de bebê ou na infância.

Sintomas

Em recém-nascidos, as convulsões podem apresentar características diferentes das encontradas em adultos, sendo por vezes difícil de reconhecer. Apertar os lábios ou mastigar involuntariamente, apneia, olhar parado ou olhos olhando em diferentes direções, periodicamente perder as forças podem ser sinais de uma convulsão em bebês pequenos.

Em alguns casos, os membros se movem sem propósito, uma parte ou todo o corpo pode se agitar, se mover espasmodicamente ou se enrijecer.

O olhar pode ficar fixo, a criança pode ter sensações estranhas como dormência ou formigamento ou ainda ter sentimentos estranhos como sentir muito medo.

Não é incomum que as convulsões façam com que as crianças fiquem com o olhar parado e/ou aparentem estar confusas em vez de causar os movimentos característicos de convulsão.

O prognóstico depende da causa.

A convulsão não costuma causar lesões no cérebro ou problemas duradouros se tiver duração menor do que uma hora. No entanto, muitos distúrbios causadores de convulsões podem causar problemas duradouros, como interferir no desenvolvimento da criança.

Diagnóstico

Além do exame físico, uma eletroencefalografia junto a outros exames são indicados para verificar uma causa dependendo dos sintomas da criança.

  • Medições do nível de oxigênio.
  • Exames de sangue para medir a concentração de açúcar (glicose), cálcio, magnésio, sódio e outras substâncias no sangue para verificar a presença de distúrbios metabólicos
  • Uma punção lombar em busca de infecções no cérebro e outros distúrbios
  • Culturas de sangue e urina para verificar a presença de infecções
  • Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) em busca de malformações no cérebro, sangramento, tumores e outros danos estruturais ao tecido cerebral.
  • Testes genéticos para procurar uma doença genética que possa estar associada a convulsões

Convulsões exigem que seja feita uma investigação minuciosa a fim de detectar causas graves e causas que possam ser corrigidas.

É imprescindível também conhecer o histórico da família e saber se os pais ou outro familiar já tiveram crises convulsivas.

  • Deitar a criança de lado no chão.
  • Manter a criança afastada de possíveis riscos (como escadas ou objetos pontiagudos).
  • Não colocar nada na boca da criança nem tentar segurar a língua da criança.
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